09 novembro, 2010

Após dez anos, o sarampo volta a preocupar os brasileiros

A doença atingiu vários estados e campanhas de vacinação acontecem em todo o país



          Há dez anos não era registrado nenhum caso de sarampo no Brasil, porém desde o inicio deste ano, foram confirmados 57 casos da doença em todo o país. Dentre os estados atingidos estão o Rio Grande do Sul, a Paraíba e o Pará.          

            A Paraíba é o estado que contabiliza o maior número de vítimas, são 47 pessoas no total. A incidência ocorre principalmente na capital, João Pessoa, e nas crianças com menos de cinco anos. As autoridades de saúde do município intensificaram a vacinação na faixa de idade de seis meses a cinco anos. A meta é imunizar 50 mil crianças até a segunda quinzena de novembro.

            No Rio Grande do Sul, foram registrados sete casos da doença, já no Pará ocorreram três casos de sarampo. Segundo o Ministério da Saúde, todos os registros do vírus no Brasil nos últimos dez anos, tem como origem pessoas que vieram do exterior e não estavam vacinadas.

            Preocupados com a possibilidade da chegada da doença, as autoridades de saúde do estado de São Paulo querem vacinar 12 milhões de pessoas contra o sarampo. Crianças e jovens entre 01 e 19 anos, devem procurar os postos de vacinação até o final desse mês.

            O Brasil entregou à Organização Pan-americana de Saúde (Opas), em setembro, um relatório para receber o certificado de país livre do sarampo, segundo o Ministério, os casos atuais da doença não interferem nesse pedido, pois o vírus causador da doença é importado. O vírus precisa circular pelo menos um ano, para ser considerada transmissão dentro do país.

            Doença contagiosa, o sarampo é transmitido pelo ar ao respirar, tossir, espirrar ou falar e atinge principalmente crianças com menos de seis anos. Os sintomas são: febre alta, tosse, manchas avermelhadas pelo corpo, falta de apetite e dor de cabeça.

            “Minha filha teve sarampo quando era pequena, porque é uma doença que se propaga facilmente entre as crianças, que estão sempre em contato umas com as outras na escola. Acho que é muito importante a vacinação e a higiene, pois o sarampo é uma doença perigosa. Não podemos deixar que ela volte a preocupar o país.”, diz Elizabeth Oliveira, 47, funcionária pública.

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